sábado, 16 de maio de 2009

Meus cabelos são meus e ninguém mais tasca...


Andei sumida da blogesfera...
Muitas coisas e pouco tempo...


Nunca tive muita sorte com cabeleireiros. Sempre voltava dos salões chorando ou puta da vida. Nem vou contar aqui as histórias dos fracassos e escândalos em salões, pois iria passar a noite digitando. A falta de sorte com salões não se resume só aos cabelos, pois nenhuma manicure faz as unhas melhor que eu mesma. Decidi faz um tempo: só eu faço minhas unhas.

Teve uma época em que eu mesma cortava minhas madeixas, teve outra em que fazia minhas próprias luzes. Já cheguei até a subornar um amigo em troca de formol, mas não tive coragem de fazer uma auto-progressiva. Mas o formol tá guardado...

Há uns dois anos decobri uma cabeleireira razoável em um salão também razoável. Perto de casa, com horário flexível... Comecei a fazer tudo com ela, corte, luzes, hidratações. E como ela fugia da regra dos cabeleireiros péssimos, resolvi agradá-la e dei até presente no Natal. Podia dizer que éramos quase amigas...

Até que ela me ligou pedindo um favor terrível, para que eu ligasse pra casa dela e me passasse por outra pessoa. Era pra enrolar o marido em um lance de grana, para que ele só fosse ao banco fazer retiradas após dois dias da ligação. Ela estava muito aflita e eu fiquei com pena e esqueci do ditado da minha mãe: "Todo bicho que tem pena dá a bunda." Enfim, liguei e cometi o delito. O marido deve ter achado estranho, a pressionou e ela disse meu nome. Foi o suficiente para que ele pegasse meu número no celular e me dissesse palavras muito doces e gentis...

Fiz merda, mereci os elogios do marido da 171 e perdi a cabeleireira que domava minhas madeixinhas sofridas. Fiquei mal... Até que um dia ela me ligou, pensei que fosse pra pedir desculpas pelo ocorrido, mas foi pra pedir outro favor. Queria que eu processasse um médico que se recusou a emitir um atestado para que ela faltasse ao trabalho, sob a alegação de que não iria dar atestado pra quem não quer trabalhar. Ah, e nem sequer pediu desculpas pelo episódio do marido.

Aí, não tive opção, fui em outro salão. Ficou uma meleca e decidi que na próxima vez, iria esquecer as questões pessoais e voltar à cabeleireira 171. Passado o tempo, luzes precisando de retoque, fui ao salão e me informaram que a 171 tinha saído de lá. Tentei ligar pra ela, mas o celular foi desativado. Tamanha decepção, quase chorei...

Mas como a vida é sempre um risco, arrisquei e fui em outra "profissional" (cabeleireiro agora é chamado de profissional) do salão. Ela parecia experiente, e caí na besteira de me "entregar". Foi aí, que meus cabelos foram pintados de castanho e foram puxadas novas mechas. No fim, rolou um troço chamado "selagem" que só fez deixar os fios duros.

Resultado: cabelos duros, quebrados, num tom cinza esverdeado por um precinho que ao contrário do salão, não tinha nada de razoável. No dia seguinte pela manhã, lavei na esperança de tudo melhorar, mas só piorou... Após gritos, ataque histérico e ameaças de processo, a "profissional" se comprometeu a consertar a m... Fui para o salão enfurecida e ela tonalizou meus cabelos para "quebrar o cinza". A cor melhorou, mas os cabelos estão péssimos, quebrados, sem vida, uma palha...




Decidi de novo: Meus cabelos, assim como minhas unhas, de hoje em diante serão só meus e ninguém tasca. (Quem sabe mudo de idéia? Quem sabe ainda acho um "profissional" razoável? Quem sabe faço um curso no SENAC e viro "profissa"? Quem sabe?)

Ah, lembrei de outro ditado materno: "Toda burrice tem um preço". E em se tratando de cabelos e salões, o preço é altíssimo. Dói no bolso e no espelho...