quarta-feira, 5 de agosto de 2015

Quer saber?



A dor de garganta me acompanha há umas três semanas. Dias piores, outros melhores. Mas ela está lá, me olhando de lado, me mostrando suas garras... Cataflan, Nimesulida, propólis, geléia real, equinácea, chá de gengibre, leite quente com mel, limão com alho, canja de mãe com receita de vó... Ela resiste, e vai me rondando, como um predador, babando ao ver a presa. Ela é silenciosa, não causa febres, nem infecções... É discreta...

Recorro à metafísica da saúde e descubro que a dor de garganta recorrente representa dificuldade de se expor e aborrecimentos quanto à própria conduta. Li que quando não conseguimos falar o que sentimos, disparamos o gatilho somático da garganta.

Segundo esses "doidos" que relacionam os males do corpo aos males da alma, as dores de garganta expressam sentimentos contrariados. Tudo aquilo que bloqueia a nossa fala e nos obriga a "engolir sapos". É a simbolização do pensamento: "Já que não posso falar o que quero, não falo mais".

O chakra da garganta regula a capacidade de expressão de sentimentos profundos e íntimos, de opiniões pessoais e de pensamentos. É através deste chakra, que transmitimos nossas percepções do mundo, da realidade, das ideias, dos desejos, do conhecimento e das emoções.

Ora, logo eu, tão articulada, acostumada a fazer sustentação oral em tribunal, tão dona de si nas questões profissionais que envolvem oratória, tendo crise de dificuldade de expressão? Confesso que faz tempo que não ligo o botão do "quer saber?" e saio disparando o que penso. Acho que por preguiça ou por efeito etário, fui ficando mais "ostra", mais silenciosa. Mais dissimulada, talvez...

Hoje um amigo disse que gostava de mim, pois eu era leve. Realmente, eu tenho tentado levar a vida com leveza. Mas agora questiono se o preço da leveza são as palavras reprimidas, os sentimentos anulados, as emoções contidas...

Quer saber? Leveza, vai se fuder!!!!!

"O resfriado escorre quando o corpo não chora. 
dor de garganta dói quando não é possível comunicar as aflições. 
estômago arde quando as raivas não conseguem sair. 
diabetes invade quando a solidão amarga. 
corpo engorda quando a insatisfação aperta. 
dor de cabeça deprime quando as dúvidas aumentam. 
coração desiste quando o sentido da vida parece terminar. 
alergia aparece quando o perfeccionismo fica intolerável. 
As unhas quebram quando as defesas ficam ameaçadas. 
peito aperta quando o orgulho escraviza
coração enfarta quando chega a ingratidão. 
pressão sobe quando o medo aprisiona. 
As neuroses paralisam quando a "criança interna" tiraniza. 
febre esquenta quando as defesas detonam as fronteiras da imunidade."