domingo, 24 de maio de 2009

As Férias e o Universo


Pois é... Minhas férias sempre foram conturbadas. Tirava férias, ficava doente. Tirava férias, cuidava de algum doente... No trabalho, isso é até motivo de piada, pois sempre faço confusão com os dias, troco, divido. Só rolo...

Dessa vez, estava tudo certinho, até que um colega teve filho e pediu pra tirar férias no meu lugar. Tudo bem, remarquei para um mês depois.

Namorado envolvido em seus projetos, sem poder viajar... Tudo bem, combinei com meu pai... Mas pra onde ir? Em tempos de gripe suína, os roteiros devem ser bem pensados. Buenos Aires!!! Boa pedida. Boa época. Bom preço.

Tudo bem... Como nunca tirei passaporte, achei tranquilo também. Doce ilusão... Minha OAB velha de guerra, de nada vale para visitar a terra de Maradona. Como nunca precisei, não renovei a identidade do IFP que perdeu a validade em 1996, devido a problemas que tive com as digitais quando fui tirá-la. Foi aí que descobri que a identidade do IFP demora no mínimo 20 dias para ficar pronta e fui tirar o passaporte.

Foi uma verdadeira via crucis. Fui em vários lugares, mas consegui resolver tudo no posto da polícia federal no Galeão (opa, Tom Jobim). Fui na quarta e na sexta já recebi o e-mail informando que o passaporte já estava pronto. Beleza!!! A polícia federal é eficiente!

Depois de muita negociação de data com meu pai, chegamos num lugar comum. Liguei logo pra agência com a certeza de que tudo já estava certo e que nada daria errado. Quando já estava com o cartão de crédito na mão, a atendente disse: "A senhora sabe que tem que ter passaporte ou identidade oficial recente?". Disse que sim com um ar de "já superei isso, querida". Mas como assim recente? Isso mesmo, a identidade deve ter sido tirada até dez anos.

Liguei imediatamente para o meu pai, embora já soubesse a resposta. Mas foi pior do que pensei, a identidade da criatura foi expedida em 1974. Isso mesmo, 1974!!!! Meu pai é complicado e se recusou a correr atrás do passaporte. Disse que a gente poderia ir depois, programando melhor.
Não me convenci e fui pesquisar na internet. Achei até o acordo do MERCOSUL. Não há nenhuma exigência de identidade nova, mas em vários sites diz que o documento deve ter uma foto que identifique bem o dono. Imagina meu pai em 1974...

Minha mãe disse para eu para de fazer referências a ela aqui, mas é inevitável... Ela me veio com aquele papo de que são os sinais da vida e que eu tenho que deixar a vida seguir seu rumo, sem forçar barra. Tentei encontrar outra pessoa disponível, mas até minha vozinha vai pra Natal na mesma época. Minha amiga saidinha me falou para eu ir sozinha. Acharia ótimo se tivesse solteira e quisesse encarar uns argentinos gostosões. Mas não é o caso...

Assim, só me resta sorrir e deixar as coisas rolarem. Pelo menos, agora já tenho passaporte. Quando o Universo não quer, a gente não viaja!!! Afinal, por que eu queria tanto ir pra Buenos Aires? Assistir aos tangos, jantar e tomar vinho, passear na Recoleta. Com meu pai, nada disso ia rolar... Mas teriam as compras, cremes, maquiagens e contas, muitas contas...

Vou ficar por aqui mesmo, colocar tudo em dia, estudar, malhar, economizar. E no feriado, Ilha Grande. Quem sabe férias melhores virão?

O Universo deve ter alguma razão...

À Procura da Felicidade

Estou aproveitando as férias e assistindo a alguns filmes que ficaram pra trás. Acabei de assistir "À Procura da Felicidade" com o Will Smith. O filme é ótimo, mas fiquei tensa, o cara só se dava mal. Difícil acreditar que se trata de uma história verídica. Não vou contar o filme, mas a história mexeu comigo. A gente reclama tanto da vida... Desiste nos primeiros obstáculos... Abandona sonhos e projetos...
Tenho consciência que estou abandonando meus projetos profissionais. E, ultimamente, tudo ao meu redor me faz lembrar isso. Como se o Universo estivesse me dando sinais constantes nesse sentido. Talvez seja hora de abrir os olhos e arregaçar mangas...
Voltando ao filme, "À Procura da Felicidade" foi inspirado na vida de Chris Gardner, um ex-vendedor de São Francisco que conseguiu se tornar um milionário corretor das bolsas de valores.
Segundo jornalistas americanos, o roteiro "carrega na tinta" e mostra uma realidade piorada da realmente vivida por Chris Gardner e seu filho. Coisas de Hollywood...