segunda-feira, 20 de julho de 2015

Fim do Inferno Astral


"Você está muito atrasada, sabia? Levadinha!
Bem, enfim, o tempo se sentiu ofendido e parou de passar, não fez mais nem tic nem tac..."
O Chapeleiro Maluco (de Alice no País das Maravilhas )


22:40 e a mãe manda mensagem: "Você vai nascer já, já. Essa hora, eu estava comendo alface. Você começou a dar o ar da graça às 23:00 e nasceu na madrugada."
Ah, tá... Quero novidade!!!!!
Nasci em uma cidade pequena, no meio do mato. Cinquenta e três centímetros, três quilos e meio. Parto difícil, às três e meia da manhã. Vinte de julho de um ano qualquer...

Acho que o alface consumido pela minha mãe, minutos antes da minha aparição, deve ter feito algum efeito estranho em mim. Mas esse papo é longo...

Hoje já não coloco mais velinhas no bolo, e sorrio quando me perguntam minha idade.
Claro que o que sou hoje, é reflexo das muitas velinhas no bolo, mas envelhecer pode ser duro.
Envelhecer também pode propiciar a abertura de canais criativos. Quando nós percebemos que não temos mais todo o tempo do mundo, temos que procurar criar no caminho.

"Criar no caminho" é uma expressão das aulas de yoga, significa que devemos seguir, mesmo sem saber como ir e se o plano vai dar certo. Algo vai acontecer, ainda que venha um novo plano, um novo rumo...

O "criar no caminho" serve pra tudo na vida. Hoje, quando tenho que fazer uma petição sobre algo novo e que parece ser complicado, me jogo e vou escrevendo, sem medo, sem grandes pesquisas. No fim, fica perfeito e tudo sai com mais leveza... "Criar no caminho" torna tudo mais leve, como a vida deve ser!!!

Quer saber? A partir de agora, só faço Desaniversário!!!!
Continuarei omitindo minha idade, criando no caminho e buscando a leveza da vida... Ainda que tenha que comer um prato de alface por dia...




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